A maioria da população passará pela fase que até o céu chora
quando a pessoa amada resolveu partir. Infelizmente me encontro nessa fase, uma
fase tem vários períodos de tempo dentro dela, o que nos sobra é tentar
melhorar e aguardar que como diria Chico Buarque amanha será outro dia.
Um belo dia meu rapaz, quer dizer, meu ex-rapaz, resolveu partir. Senti-me sem
chão, querendo me fazer acreditar nas doces mentiras de que eu era forte como
um titânio, mas era tudo ilusão. É bem mais difícil mentir para si mesmo, do
que mentir pra pessoa dizendo um “eu estou bem”.
Acho que eu tenho certo tipo de depressão climática, e pra
piorar quando me senti assim, começou a chover sem parar, bem aquelas cenas de
clipe musical onde a garota chora sem saber onde o amor estará. Procuro-o nas
musicas, em mim, no cheiro, mas não, ele não vai voltar. Me pego questionando, porque nos somos tão
dependentes de alguém que não tem nada a ver conosco, alguém que apareceu de
repente e mudou tudo? Será que a carência do ser humano chega a ser tão grande
assim? Maldita dependência.
Agora o que resta leitores? Passar pelas fases temporárias
de tempo que restam. Já ouvi dizer que se cura um amor com outro, mas prefiro não
arriscar meu chão outra vez. Então sobra esperar, o tempo que é Rei, passar com
toda a força e varrer os cacos de magoas e deixar apenas as solenes lembranças.
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